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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Falemos sobre... Mazzaropi, um certo sonhador!!!

Falemos sobre... Mazzaropi, um certo sonhador!!!

Ontem 12/01 fui assistir pela segunda vez o espetáculo Mazzaropi, um certo sonhador da Cia. Arte das Águas de Ibirá/SP. Minha história com essa companhia já é um pouco antiga faz 4 anos exatamente hoje!! No dia 13/01/2012 também no Festival em Janeiro Teatro para Criança é o Maior Barato eu assisti o espetáculo "Apolo, Sir Gaia, Chuvisco e agora Madame Popô" que era uma adaptação do texto O Homem que Amava Caixas e de cara eu já fiquei encantado, era uma mulecada que fazia tudo: atuava, cantava, tocava, bricava, um espetáculo que dá muita saudade.
Depois disso foram vários encontros e parcerias até que resolvemos criar uma mostra juntos os "Amigos em Cena" uma iniciativa fantástica de algumas companhias que se apresentaram lá em Ibirá (eu estava envolvido através da Cia. Os Cogitadores). Depois eles fizeram "Melhor na Boca do Povo do que na Boca da Dita" que era engraçadíssima e já a algum tempo resolveram se investigar através da história do senhor Amacio Mazzaropi.

Confesso que antes de ver o espetáculo pela primeira vez eu não sabia NADA sobre esse importante agente cultural da história brasileira (eu sei, é ridiculo isso... todo mundo deveria saber essa história de trás pra frente, mas num era o meu caso). Fiquei mais uma vez encantado com o que foi posto.

Eu não sei se é uma tendencia, mas me parece que cada vez mais biografias estão sendo colocadas no tablado, assim como musicais (e agora musicais biograficos) aqui mesmo em Rio Preto nos ultimos anos tivemos espetáculos sobre "Trotsky", "Frida Kalo" e "Cascatinha & Inhana". Eu particularmente gosto.

Bom, mas voltemos ao espetáculo de ontem... pra mim não tem grandes coisas a serem trabalhadas não, talvez um pouco do distanciamento no começo: eles mesmos dizem que a vida vai se misturando com a arte e vai se perdendo junto da arte, no entanto quando eles vão falando deles mesmos (ou pelo menos vai parecendo que é deles), para a partir daí criar paralelos dramaturgicos com a história do Mazzaropi, fica um pouco frágil e me perde um pouco (só um pouco) a ponto de que na primeira vez que assisti pensei que não seria necessário, o tempo todo eles estão vivos em cena e são potentes, mas nesses pequenos momentos ainda dá uma perdida (nada grave)

Do resto é tudo muito empolgante a trilha sonora, por exemplo, é tão gostosa que da vontade de gravar no celular e ficar escutando, por falar em musica gosto muito do fato do Zé Maria (o violeiro) não ser apenas o operador do instrumento e ficar lá no canto como mais um objeto do cenário. Ele vai pra cena tanto como "seu Pinto" como o tio do Amacio e as cenas dele com o Victor são hilárias.

Iluminação, Figurinos e Cênario são muito bem pensados e cuidados, mas os destaques mesmo são as interpretações, a trilha e a dramaturgia tudo muito bem dirigido pelo Fabiano Amigucci, sendo assim essa impressão fica por aqui. Fiquei muito feliz por ter assistido de novo e é sempre bom encontrar amigos queridos.

A cultura caipira tem cerca de 300 anos e está cada vez mais esquecida, então cada manifestão que se proponha a evidencia-la já por si só é valida e merece ser apreciada.
PS: A Paty chorou e quando a Paty chora é porque é muito bom!!!

Evoé
São José do Rio Preto, 13 de Janeiro de 2016

Desde já agradeço... Lawrence Garcia

3 comentários:

  1. Só posso dizer o seguinte: caramba! perdi!
    Sim, mas nem tanto! Isso porque sua reflexão, objeto desse post, transportou-me em algum momento a sentir-me parte do contexto - quando estive impossibilitado de presenciar o espetáculo citado.
    Mas confesso, Lawrwnce, vc fez-me sentir culpado por não ter vivenciado tal momento de criação artística! rsrsrsrsrs.
    Vlw...

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    Respostas
    1. Querido... perdeu mesmo... vou mto interessante!!
      Mas vão ter outras oportunidades!!
      Esse espetáculo vai ter vida longa!!

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  2. Impressões Apocalípticas
    Impressões artisticas sobre vários segmentos focando principalmente o teatro apresentado no Interior de São Paulo

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