Braseiro estreou ano passado e até fez um final de semana em São Paulo/SP no novo espaço do Caco Ciocler. A companhia flerta um pouco com o audiovisual e antes mesmo da estreia do espetáculo lançou alguns "teasers" no face todos muito bem produzidos. O próprio espetáculo começa com um curta metragem que se faz como prologo, na verdade se não tivesse não faria diferença, mas é interessante principalmente pela qualidade do video que é bastante cinematográfico (bem diferente do que vi na tarde do mesmo dia).
O cenário é praticamente nulo (um cercado retangular de areia e dois bancos) o figurino assim como a encenação e a atuação são realistas (realista é bem diferente de naturalista) e todos estão muito verdadeiros, muito coerentes. A dramaturgia é boa também nos leva facilmente a mais de cem anos no passado (1910) para mostrar que nossas questões que regem a vida são bem mais antigas do que imaginamos.
Eu demorei quase 10 dias para escrever essa impressão por um simples motivo: A voz do ator principal, era uma voz estranha e metalicamente aguda (por vezes pensei que ele não iria aguentar chegar no final do espetáculo sustentando tudo aquilo, mas a verdade dele foi tão grande que conseguiu); durante esse tempo eu fiquei imaginando se era um equivoco dentro de toda a ambientação ou se era simplesmente fantástica e depois de pensar decidi que é mais um ponto positivo do espetáculo, mas vai causar, compreensivamente, um estranhamento muito grande em algumas pessoas.
Por fim eu tive uma forte impressão de ter visto só o primeiro ato, pois o espetáculo acaba com 45min num rompante e não sabemos como tudo se resolve, aliás nem tudo precisa se resolver, né?
https://www.youtube.com/watch?v=1VlFKMwVz7I
São José do Rio Preto 25 de Janeiro de 2015
Desde já agradeço... Lawrence Garcia
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